Linha do Porto de Ponta Delgada
L.ª Porto Pt.ª Delgada | |||||||||||||||||||||||
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aspeto no final dos anos 60 | |||||||||||||||||||||||
Comprimento: | 10 km | ||||||||||||||||||||||
Bitola: | Bitola larga | ||||||||||||||||||||||
Legenda
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A Linha do Porto de Ponta Delgada foi uma ferrovia de bitola extra-larga (2140 mm) que ligava o Porto de Ponta Delgada à Pranchinha, um lugar sito na zona leste da cidade de Ponta Delgada (ilha de São Miguel, Açores), numa extensão de aproximadamente 10 km.
História
A linha foi construída ao mesmo tempo que o molhe do porto, em 1861. Nesse mesmo ano, para auxilio à construção do quebra-mar do porto, foi importado diverso equipamento de Holyhead, País de Gales, outrora utilizado na construção do quebra-mar do porto local[1]. Não servia de transporte público, sendo apenas usada para a construção e manutenção do molhe. Para tal, havia três locomotivas a vapor e 39 vagões para trazer pedra de uma pedreira próxima até ao porto. A locomotiva a vapor N.º 1, construída em 1861 pela casa Neilson & Co. (N.º 697), foi a última das três que tinha vindo em segunda mão para os Açores e tinha sido antes usada para o mesmo fim em Holyhead, no País de Gales. A N.º 2 foi construída pela Black & Hawthorn (N.º 766) entre 1880 e 1885, e a N.º 3 pela Falcon (N.º 165) em 1888.[2]
Porém, as obras de construção do porto atrasaram-se consideravelmente, tendo sido concluídas apenas em 1943.[3] As locomotivas foram igualmente utilizadas nos trabalhos de prolongamento da doca e da Avenida Infante Dom Henrique, por volta da década de 1950.[4] Chegou a estar prevista a construção de uma rede ferroviária na ilha, cuja estação principal estaria situada na área do Calhau do Languim, na zona marginal da cidade, nas imediações do local onde foi posteriormente instalado o edifício Solmar.[3]
A linha só funcionava se necessário, para a manutenção do molhe. A última vez de que há registos de actividade foi em 1973.[2]
Actualidade
Pelo menos duas das locomotivas, que estiveram durante muitos anos expostas nos jardins do Museu Carlos Machado em Ponta Delgada, estão armazenadas atualmente nas oficinas da Junta Autónoma dos Portos de Ponta Delgada.[5]
Um estudo apontou uma valor de cerca de 200 000,00 € para a recuperação daquele material, de elevado valor histórico.[5] Em 2023, uma das locomotivas foi alvo de uma intervenção de restauro, voltando a ganhar a aparência original, embora não tenha ficado funcional, sendo destinada apenas a ficar em exposição.[4]
Nas imediações do Porto de Ponta Delgada encontra-se colocado um vagão Plinthed (um vagão para mistura de cimento) recuperado e em muito bom estado de conservação.[2]
Ver também
Referências
- ↑ Colin Churcher's Railway Pages. - Broad Gauge Railway Relics in the Açores. Visitada em 27 de Fevereiro de 2012.
- ↑ a b c Kers, Ernest. Açores - Broad gauge harbor line Arquivado em 23 de março de 2012, no Wayback Machine.. Visitada em 27 de Agosto de 2009.
- ↑ a b LUZ, Luís Machado da (20 de Janeiro de 2024). «As locomotivas da Doca: um património universal». Diário dos Açores. Consultado em 20 de Abril de 2024
- ↑ a b GOUVEIA, Paula (28 de Dezembro de 2023). «Antiga locomotiva do porto de Ponta Delgada volta a ganhar cor». Açoriano Oriental. Consultado em 20 de Abril de 2024
- ↑ a b Brady, Chris. The Broad Gauge Railway of the Azores. Visitada em 27 de Agosto de 2009.
Ligações externas
- «Fotos e história em Açores - Linha do Porto de bitola larga»
- «Artigo (em inglês) sobre a Linha do Porto de Ponta Delgada em The Broad Gauge Railway of the Azores»
- «Artigo (em inglês) com fotos do Porto de Ponta Delgada tiradas no fim da década de 60 (na última vez em que as locomotivas foram usadas), em Broad Gauge Railway Relics in the Açores - History of the Ponta Delgada Railway»
- Locomotiva degradada (foto)
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Tipologia ↓ | diesel / gasolina / gasogénio | vapor: carvão / óleo | elétrica: IP: 25 kV / 50 kHz ou (*) 1500 V; outras redes q.v. | ← Tracção | ||||||||
Estado → | em serviço | fora de serviço (ou uso ocasional) | em serviço | Bitola ↓ | ||||||||
Rede IP (Notas: A itálico, séries com uso partilhado entre a C.P. e outras empresas, simult. ou não; a itálico sublinhado, séries usadas exclusivamente por outra empresa.) | ||||||||||||
automotoras | “592” | remodelados | M1 0050 0100 0500 0750 0600 0650 | 1001 Z1 | 2000 2050 2080 ABm1-18→ | remodelados | 2300 2400 3400 3500 4000 | 1668 mm (ibérica) | ||||
VIP⎱ 0350⎰ 0450← | ←0300 ←0400 | 2100⎫ 2150⎬ 2200⎭ ⎰*3100→ ⎱*3200→ | →2240 →3150* →3250* | |||||||||
9630 | 9500← | ←9700─╮ 9400←╯ | ME1 ME21 9050 9100 9300 9600 | (Vale do Lima) | (não existe atualmente tração elétrica na rede ferroviária métrica da IP) | 1000 mm (métrica) | ||||||
locomotivas | 9000 9020 Lydya |
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1200 1400 1500 1520 1900 1930 6000 | 1300 1320 1550 1800 1960 |
| 2500 2550 3300* | 2600 2620 4700 5600 | 1668 mm (ibérica) | |||||||
locotratoras | 1150 | 1000 1020 1050 1100 | 005 | |||||||||
Redes locais (excl. sistemas de frota fixa específica, como funiculares e teleféricos) | ||||||||||||
bondes |
| STCP200 STCP270 STCP280 | 1435 mm (padrão) | |||||||||
automotoras | ML7 ML79 | ML90 ML95 ML97 ML99 ML200 | ||||||||||
LRVs, articulados | MP000 MP100 MP200 C000 | |||||||||||
CCFL501 CCFL601 | 900 mm | |||||||||||
bondes | TUB1 |
| CCFL001 CCFL003 CCFL005 CCFL541 CCFL701 CCFL737 | |||||||||
(PdV-VdC) | (CCFTNA) (CFPLER) | SMTUC01 SMTUC03 SMTUC16 | (CSA) | 1000 mm (métrica) | ||||||||
locomotivas | CSA 23074 | (Pomarão) | ||||||||||
(Transpraia) (P.d’El-Rei) | (Mira) (CFPL) | 600 mm | ||||||||||
(JAPH) N0(JAPPD) | 2140 mm | |||||||||||
Estado → | em serviço | fora de serviço | em serviço | Bitola ↑ | ||||||||
Tipologia ↑ | diesel / gasolina / gasogénio | vapor: carvão / óleo | elétrica | ← Tracção | ||||||||
Ver também: Linhas • Serviços • Empresas • Multimédia • Acidentes |
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