Varão

É chamado filho varão ao filho homem.[1][2] Daí se origina a chamada varonia, conceito presente na nobreza e na genealogia da representação de uma determinada pessoa através de sua hereditariedade induzida sucessivamente por linhagem paterna.[3]

Tardiamente usada pelo Reino de Portugal (1475) e depois pelo Império do Brasil, após a sua independência, será o título nobiliárquico seu correspondente de barão.[4] Este derivado do francês baron que já tinha a acepção de 'funcionário real' no século X.

Para a doutrina cristã evangélica, a palavra varão é comumente utilizada na Bíblia para se referir ao homem digno de fé e temor a Deus.[5]

Assim, por extensão, varão permanece hoje com o significado de 'homem de valor pela bravura e força', e barão, com o significado de 'homem poderoso pelo título de nobreza, pela posse de terras e pela força que lhe dá a lei'.[6]

Etimologia

Etimologicamente é um termo proveniente dos países do norte da Europa pois origina-se do germânico baro ‘homem livre’, que foi introduzido na România por mercenários nórdicos, e que ocorre no latim sob as variações báro e vá(r)ro com o sentido de 'homem’, indivíduo do sexo masculino, por oposição a mulher.[6]

Ver também

Referências

  1. Varão, IDicionário Aulete, Lexikon Editora Digital
  2. Varão, Wikdicionário, consultado em 25 de Julho de 2012
  3. Significado de Varonia, Dicionário Online de Português, consultado em 25 de Julho de 2012
  4. O termo barão, utilizado indistintamente antes de 1475 para identificar alguém pertencente aos quadros superiores da nobreza, sofre uma mutação semântica a partir desta data, com a atribuição do título ao 1º barão de Alvito a particularizar doravante este tratamento. - Burocracia Régia como Veículo para a Titulação Nobiliárquica o caso do Dr. João Fernandes da Silveira, Pedro Nuno Pereira Caetano Dissertação de Mestrado em História Medieval e do Renascimento apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Porto, 2011, pág. 59.
  5. Significado de Varão, Significados
  6. a b Os Campos Léxicos do Testamento de D. Afonso II, por Evanice Ramos Lima Barreto, Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos, Revista Philologus, Ano 16, N° 46. Rio de Janeiro: CiFEFiL, jan./abr.2010, ̟pág. 71 e 72