Maria de Âmnia

Maria de Âmnia
Imperatriz-consorte bizantina
Reinado janeiro de 788 — janeiro de 795
Consorte Constantino VI
Antecessor(a) Irene de Atenas
Sucessor(a) Teódota
Nascimento c. 770
  Âmnia, Paflagônia
Morte Depois de 823
  Constantinopla
Dinastia Isáurica
Pai ?
Mãe ?
Filho(s) Eufrósine
Irene

Maria de Âmnia foi uma imperatriz-consorte bizantina, primeira esposa de Constantino VI.[1] Ela era neta de São Filareto, um magnata do Tema Armeníaco conhecido por suas atividades piedosas segundo sua hagiografia. Não se sabe o nome do seu pai e o genealogista Christian Settipani identificou o nome de sua mãe como sendo "Hipácia". Maria nasceu em Âmnia, na Paflagônia.

Imperatriz

Em 788, Maria foi uma das treze candidatas no primeiro desfile de noivas conhecido, ordenado pela imperatriz-regente Irene na tentativa de encontrar uma noiva adequada para seu filho Constantino VI. Ele já havia sido prometido a Rotrude, filha de Carlos Magno e Hildegarda, mas Irene cancelou o acordo.

Maria foi escolhida por Irene, mas Constantino e Estaurácio, um eunuco que servia como logóteta do dromo, também estavam envolvidos, mas não se sabe quanto.

O casamento se realizou em novembro de 788 e foi relatado por Teófanes, o Confessor. A união durou por volta de seis anos e resultou em duas filhas para o casal. Teófanes conta que Constantino se voltou contra a esposa em algum momento da relação, o que ele atribuiu às maquinações de Irene. Contudo, a falta de um filho varão também deve ter influenciado a decisão.

Em 794, Constantino tomou como amante Teódota, uma cubiculária (dama de companhia) de sua mãe. Em janeiro de 795, Constantino se divorciou de Maria e a confinou, com as filhas, num convento em Príncipo. Em setembro do mesmo ano, ele e Teódota se casaram.

O divórcio em si provocou reações muito negativas no clero e o novo casamento foi visto como uma tentativa de legalizar o adultério. O conflito resultante, conhecido como "controvérsia moequiana" (do em grego: moichos - "adúltero") teve sérias consequências, embora Maria não pareça ter se envolvido na questão.

Ela permaneceu como freira pelo resto da vida e foi mencionada pela última vez em 823. Sua filha, Eufrósine foi retirada do convento - depois de mais de vinte anos como freira - para se casar com o imperador Miguel II, o Amoriano (r. 820–829). Segundo as correspondências de Teodoro Estudita, Maria protestou, mas nada conseguiu. Não se sabe quando ela morreu.

Filhos

Maria e Constantino VI tiveram duas filhas:

  • Eufrósine (c. 790 – depois de 836), esposa de Miguel II, o Amoriano.[1]
  • Irene, freira a partir de 795 e mencionada pela última vez no ano seguinte.

Referências

  1. a b Garland, Lynda (2002). Byzantine Empresses: Women and Power in Byzantium AD 527-1204 (em inglês). Abingdon-on-Thames: Routledge. p. 230. ISBN 9781134756391 

Ligações externas

  • Cawley, Charles, BYZANTIUM: Konstantinos VI died 797, Medieval Lands database, Foundation for Medieval Genealogy , Predefinição:Self-published inline[carece de fonte melhor]
  • Lynda Garland. «Artigo sobre Irene» (em inglês). Roman Emperors. Consultado em 3 de julho de 2013 
Maria de Âmnia
Nascimento: c. 770 Morte: Depois de 823
Títulos reais
Precedido por:
Irene de Atenas
Imperatriz-consorte bizantina
788–795
Sucedido por:
Teódota
Precedido por:
Teodósia
Imperatriz-mãe do Império Bizantino
Intitulada Imperatriz-mãe viúva, como mãe de Eufrósine.

823
Sucedido por:
Teodora II
  • v
  • d
  • e
Principado
27 a.C.–235 d.C.
Crise
235–284
Dominato
284–610
Império do Ocidente
395–480
Império do Oriente
395–610
Império do Oriente/
Bizantino
610–1453
Itálico indica uma coimperatriz júnior, sublinhado indica uma imperatriz cuja legitimidade do marido é debatida, enquanto negrito indica uma imperatriz reinante