Iguana iguana
Iguana iguana Iguana-verde | |||||||||||||||
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iguana-verde (Iguana iguana). | |||||||||||||||
Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante [1] | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Iguana iguana (Linnaeus, 1758) | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Distribuição da iguana-verde |
Iguana-verde (nome científico: Iguana iguana), popularmente conhecida como iguana-comum, iguano, sinimbu, "camaleão", cambaleão, senembi, senembu ou tijibu, é uma espécie de réptil da família Iguanidae.[2] Ocorre na América Central, Caribe e América do Sul, abrangendo grande parte do Brasil.
Etimologia
As palavras "iguana" e "iguano" originaram-se do termo aruaque insular iwana, através do castelhano.[3] "Sinimbu", "senembi", "senembu" e "sinumbu" originaram-se do termo tupi sinim'bu.[4] "Camaleão", "cambaleão" e "cameleão" originaram-se do termo grego chamailéon (leão rasteiro)[5]
Distribuição
A iguana-verde tem sua distribuição geográfica restrita a áreas tropicais e subtropicais da América, ocorrendo em grande parte deste continente, desde o México até o Brasil e o Paraguai. No Brasil estes animais podem ser encontrados em ecossistemas como a Amazônia, Cerrado, Pantanal, Caatinga e Mata Atlântica nordestina, ocorrendo em muitos estados brasileiros.[6]
Características
A iguana-verde é Arborícola e majoritariamente herbívora, podendo consumir proteína animal em algumas ocasiões. Uma iguana-verde adulta pode medir 180 cm de comprimento e pesar 9 kg. Alimenta-se de frutas, folhas, ovos, insetos e pequenos vertebrados. Possui uma crista que vai da nuca até a cauda, maior que o resto do corpo. Sua carne e ovos são comestíveis. Sua garganta possui um saco dilatável. As patas possuem cinco dedos com garras pontudas. A cauda possui faixas transversais escuras.[3] O ovo da iguana-verde leva entre 10 a 15 semanas para chocar.
Cativeiro
As iguanas verdes são, de longe, os répteis mais vendidos no mundo. No entanto, estes animais necessitam de cuidados adequados durante toda a sua vida e muitos morrem poucos anos após a compra.[7][8]
Foi recentemente identificado um aumento do comércio ilegal,[9][10] tendo sido proposta a proibição do comércio de veículos dentro e fora das Pequenas Antilhas.[11]
As iguanas verdes só se desenvolvem a temperaturas entre 26° C e 35° C e devem dispor de fontes de luz UVB e UVA adequadas,[12] caso contrário os seus corpos não conseguem produzir vitamina D para ajudar na absorção de cálcio, o que pode levar a uma doença óssea metabólica que pode ser fatal.[13] Em algumas regiões (como Nova Iorque e Havai), as iguanas são consideradas animais de estimação exóticos e a sua posse é proibida.[14] Devido ao potencial impacto das espécies introduzidas no ecossistema do Havai, o estado tem regulamentos rigorosos relativamente à importação e posse de iguanas verdes; os infractores podem passar três anos na prisão e ser multados até 200 000 dólares.
Preservação
A iguana verde está incluída no Anexo II da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), o que significa que o comércio internacional é regulado pelo sistema de licenças da CITES.[15] Além disso, a iguana-verde está classificada como espécie menos preocupante pela UICN, que refere a diminuição do habitat devido ao desenvolvimento, o que poderá ser preocupante para as populações de iguanas-verdes no futuro.[16][17] Historicamente, a carne e os ovos da iguana-verde têm sido consumidos como fonte de proteínas em toda a sua área de distribuição nativa, e são valorizados pelas suas alegadas propriedades medicinais e estimulantes.
Referências
- ↑ http://www.iucn-isg.org/species/iguana-species/iguana-iguana/
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 323, 915.
- ↑ a b FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 915.
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 591.
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 327.
- ↑ Museu de Zoologia João Moojen - Bicho da vez: Iguana-verde
- ↑ «The Green Iguana Manual». books.google.com. Consultado em 8 de maio de 2024
- ↑ «Lethal Ozolaimus Megatyphlon Infection In A Green Iguana (Iguana Iguana Rhinolopa)». bioone.org. Consultado em 8 de maio de 2024
- ↑ «Illegal trade of morphologically distinct populations prior to taxonomic assessment and elevation, with recommendations for future prevention». www.sciencedirect.com. Consultado em 8 de maio de 2024
- ↑ «A story of nasal horns: two new subspecies of Iguana Laurenti, 1768 (Squamata, Iguanidae) in Saint Lucia, St Vincent & the Grenadines, and Grenada (southern Lesser Antilles)». www.mapress.com. Consultado em 8 de maio de 2024
- ↑ «Urgent International Action Needed to Tackle Illegal Pet Trade in Caribbean Iguana Populations». www.mdpi.com. Consultado em 8 de maio de 2024
- ↑ «The Essential Iguana Care Handbook: Ensuring Your Scaly Friend Thrives». cleverrabbits.com. Consultado em 8 de maio de 2024
- ↑ «Exotic Pets». books.google.com. Consultado em 8 de maio de 2024
- ↑ «Which Exotic Pets Are Legal in the United States?». pethelpful.com. Consultado em 8 de maio de 2024
- ↑ «Appendices». cites.org. Consultado em 8 de maio de 2024
- ↑ «Common Green Iguana». www.iucnredlist.org. Consultado em 8 de maio de 2024
- ↑ «Survey of Status, Trade, and Exploitation of Central American Iguanas». www.researchgate.net. Consultado em 8 de maio de 2024
Ligações externas
- «Green Iguana Society» (em inglês)
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