A Final do Campeonato Brasileiro de 1976 foi a decisão da 20ª edição do Campeonato Brasileiro de Futebol. Foi disputada entre o Internacional, e o Corinthians. O jogo foi realizado no Estádio Beira Rio, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.[1]
Caminho até a final
Campanha do Internacional
Segunda Fase (chamada na época de Fase Semifinal)
Classificado em primeiro lugar no Grupo G, com 13 pontos Data | Estádio | Adversário | Resultado | Renda |
10 de outubro | Maracanã | Fluminense | 1 – 1 | Cr$ 814.363,00 (36.219) |
13 de outubro | Serra Dourada | Goiás | 3 – 0 | Cr$ 1.007.145,00 |
17 de outubro | Beira-Rio | América de Natal | 3 – 1 | Cr$ 310.316,00 |
20 de outubro | Beira-Rio | Fortaleza | 1 – 1 | Cr$ 303.028,00 |
23 de outubro | Beira-Rio | Botafogo-SP | 3 – 0 | Cr$ 581.208,00 |
Terceira Fase (chamada na época de Fase Final)
Classificado em primeiro lugar no Grupo Q, com 17 pontos Data | Estádio | Adversário | Resultado | Renda |
30 de outubro | Belfort Duarte | Coritiba | 0 – 1 | Cr$ 660.743,00 (30.611) |
3 de novembro | Santa Cruz | Botafogo-SP | 4 – 1 | Cr$ 621.367,00 |
7 de novembro | Beira-Rio | Santa Cruz | 5 – 1 | Cr$ 536.785,00 |
10 de novembro | Beira-Rio | Caxias | 2 – 0 | Cr$ 421.524,00 |
14 de novembro | Morumbi | Palmeiras | 2 – 1 | Cr$ 1.735.170,00 (65.411 pagantes) |
21 de novembro | Morumbi | Corinthians | 1 – 2 | Cr$ 3.478.280,00 (113.286 pagantes) |
24 de novembro | Beira-Rio | Ponte Preta | 2 – 0 | Cr$ 437.860,00 |
28 de novembro | Beira-Rio | Portuguesa | 3 – 0 | Cr$ 413.918,00 |
Semifinais
Campanha do Corinthians
Primeira Fase (chamada na época de Fase Preliminar)[3]
Classificado em primeiro lugar no Grupo C, com 15 pontos Data | Estádio | Adversário | Resultado | Renda |
29 de agosto | Pacaembu | Fortaleza | 2 – 1 | Cr$ 583.740,00 |
1 de setembro | Moisés Lucarelli | Ponte Preta[nota 1] | 1 – 1 | Cr$ 344.750,00 |
12 de setembro | Morumbi | Guarani[nota 2] | 0 – 1 | Cr$ 915.675,00 |
16 de setembro | Vivaldão | Rio Negro-AM | 2 – 1 |
19 de setembro | Baenão | Paysandu | 0 – 0 |
22 de setembro | Castelão | Ceará[nota 3] | 2 – 0 |
25 de setembro | Pacaembu | Nacional-AM | 2 – 0 |
30 de setembro | Pacaembu | Remo | 3 – 0 |
Segunda Fase (chamada na época de Fase Semifinal)[3]
Classificado em terceiro lugar no Grupo H, com 7 pontos Data | Estádio | Adversário | Resultado | Renda |
10 de outubro | Olímpico | Grêmio[nota 4] | 0 – 3 | Cr$ 549.010,00 (20.842) |
13 de outubro | Pacaembu | Coritiba[nota 5] | 1 – 0 |
16 de outubro | Morumbi | Botafogo[nota 6] | 1 – 2 |
20 de outubro | Pacaembu | Operário-PR[nota 7] | 3 – 1 |
24 de outubro | Ilha do Retiro | Sport[nota 8] | 1 – 0 | Cr$ 79.197,00 (4.800) |
Terceira Fase (chamada na época de Fase Final)[3]
Classificado em segundo lugar no Grupo Q, com 14 pontos Data | Estádio | Adversário | Resultado | Renda |
31 de outubro | Pacaembu | Portuguesa[nota 9] | 0 – 0 | Cr$ 1.151.130,00 (59.758) |
3 de novembro | Couto Pereira | Coritiba[nota 10] | 0 – 1 | Cr$ 859.942,00 |
7 de novembro | Morumbi | Palmeiras[nota 11] | 0 – 0 | Cr$ 2.379.620,00 |
11 de novembro | Pacaembu | Botafogo-SP[nota 12] | 2 – 1 |
14 de novembro | Centenário | Caxias[nota 13] | 4 – 1 | Cr$ 169.582,00 |
18 de novembro | Pacaembu | Ponte Preta[nota 14] | 2 – 0 |
21 de novembro | Morumbi | Internacional[nota 15] | 2 – 1 | Cr$ 3.478.280,00 (103.286) |
28 de novembro | Arruda | Santa Cruz[nota 16] | 2 – 1 |
Semifinais
O jogo
Ver também
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Relacionados | |
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Notas
- ↑ Atuando mal, o Corinthians sofreu sufoco do time ponte-pretano e chegou ao empate somente através de um gol contra.[4]
- ↑ Estreia dos novos reforços corintianos Givanildo e Neca. Apesar da boa atuação da equipe do Parque São Jorge, o time bugrino venceu a partida com um gol de falta, no fim do jogo, marcado por Zenon.[4]
- ↑ Em partida difícil, o time corintiano só conseguiu marcar os dois gols da vitória no final do jogo, depois da equipe cearense estar com um homem a menos durante o segundo tempo.[4]
- ↑ Um dos gols da derrota sofrida em Porto Alegre foi irregular. O árbitro Armando Marques assinalou um pênalti em uma falta que foi cometida fora da área.[4]
- ↑ Mesmo jogando mal e sem inspiração ofensiva, o Corinthians conseguiu a vitória por um gol a zero, frustrando o técnico corintiano Duque que queria os três pontos (a vitória por diferença de dois gols valia três pontos).[4]
- ↑ Com uma atuação apagada e erros de marcação, o Corinthians acabou perdendo para um adversário cheio de desfalques.[4]
- ↑ Precisando vencer por uma diferença de dois gols para somar três pontos e manter vivo as chances de se classificar para a Terceira Fase do nacional, o Corinthians venceu o Operário, na base da luta e da raça, em uma partida dramática, pelo placar de 3 a 1. Após o apito final, jogadores e torcedores corintianos comemoraram a vitória como se fosse a conquista de um título.[4]
- ↑ Os paulistas enfrentavam um adversário sem técnico, após a saída do treinador Paulinho Almeida, e que havia perdido todos os quatro jogos realizado naquela fase da competição. O presidente Vicente Mateus ainda contratou o meia Luciano, ídolo e jogador fundamental do Sport, que totalizava oito ausências (por contusões e suspensões) para o jogo na Ilha do Retiro. Mesmo com isso e a volta de Lance ao trio ofensivo, o Corinthians só conseguiu a vitória com um sofrido gol marcado nos últimos minutos por Geraldão.[4]
- ↑ Na estreia da Terceira Fase, em um Pacaembu lotado, o Corinthians enfrentou um adversário retrancado, violento e que, em dois contra-ataques no fim de jogo, quase marcou o gol da vitória.[4]
- ↑ Nesta partida da Terceira Fase, a equipe dirigida por Duque atacou, mas não conseguiu marcar gols no goleiro Jairo. Quando menos se esperava, o time paranaense marcou o gol da vitória em um lance polêmico. O juiz Agomar Martins não assinalou um impedimento de Oberdã, que estava em posição avançada. O resultado complicava a situação do Corinthians na competição. Após a partida, o presidente corintiano Vicente Matheus estava revoltado e chegou a pedir aos torcedores para abandonarem os estádios caso a equipe continuasse a ser prejudicada pela arbitragem.[4]
- ↑ Em um clássico sem emoções, Palmeiras e Corinthians não conseguiram sair do zero a zero. Surgiram críticas ao "ataque milionário" corintiano, que completava três jogos sem marcar gols.[4]
- ↑ Os corintianos esperavam conquistar uma vitória por dois gols de diferença, que valia três pontos, para manter as chances de classificação. Mas mesmo com o espírito de luta dos jogadores, a vitória foi por diferença de um gol, e o Corinthians somava apenas dois pontos, complicando-se na tabela de classificação[4]
- ↑ Sem ter conseguido uma vitória por três pontos, o Corinthians foi até o Rio Grande do Sul enfrentar o Caxias. A vitória contra o adversário era considerada difícil, mas não impossível. Eficiente em campo, o Corinthians soube aproveitar as oportunidades e goleou a equipe da casa por 4 a 1, somando três pontos e gerando um clima de otimismo que se refletiria nas partidas seguintes.[4]
- ↑ Com o Internacional praticamente classificado para a fase seguinte, restava uma vaga na chave. A Ponte Preta, uma das candidatas a esta vaga, estava a frente do Corinthians na classificação naquele momento. Uma vitória corintiana era fundamental para os anseios do clube do Parque São Jorge. Com o Pacaembu lotado, o Corinthians venceu bem e deu um passo importante para se classificar.[5]
- ↑ A partida era o grande teste para o Corinthians naquela altura do campeonato. Octacampeão gaúcho, o time do Inter impressionava pelo refinamento de seu futebol. O Morumbi recebeu neste jogo um público pagante de 113 286 pessoas, mais 7 mil não-pagantes, totalizando mais de 120 mil pessoas, um recorde da competição até então. A arrecadação - mesmo com o grande número de ingressos falsos - foi de cerca de três milhões de cruzeiros, também um recorde para o campeonato naquela temporada. No duelo, o Corinthians se impôs em campo e se mostrou superior ao time comandado pelo meio-campo Paulo Roberto Falcão. Os paulistas marcaram dois gols nos primeiros onze minutos de jogo. No final, placar de 2 a 1 e muita festa no Morumbi.[5]
- ↑ Com o Internacional já classificado, restava uma vaga por disputar entre Corinthians e Ponte Preta. O time de São Paulo somava 12 pontos, enquanto que o de Campinas, 11. Caso a Ponte perdesse seu jogo diante do Caxias, o Corinthians estaria automaticamente classificado. As duas partidas estavam marcadas para as 17h, mas propositalmente, o time do Corinthians atrasou em 20 minutos o jogo em Recife e, assim, saberia de antemão o resultado do jogo no Rio Grande do Sul. Santa Cruz e Corinthians ainda empatavam por 0 a 0 quando a partida em Caxias do Sul foi encerrada, com derrota para a Ponte Preta, resultado que classificava os corintianos.[5]
Referências
- ↑ «Ficha Técnica». Site oficial do Internacional. Consultado em 26 de abril de 2015
- ↑ [1] - bolanaarea.com
- ↑ a b c Corinthians no Brasileirão de 1976 - Futpédia, GloboEsporte.com
- ↑ a b c d e f g h i j k l m Erro de citação: Etiqueta
<ref>
inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome FSP-05-DEZ-1976/O-LONGO-CAMINHO
- ↑ a b c Folha de S.Paulo (5 de dezembro de 1976). Aroldo Chiorino: "O importante é lutar". 5º caderno, página 68